Que cargo ocupava A. Braamcamp Freire no dia 1 de Fevereiro de 1910?

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Há 100 anos era o Entrudo...


Em época de Carnaval é interessante lembrar algumas expressões caídas em desuso e comparar as práticas sociais e culturais do início do século XX com as de hoje: o que mudou e o que se mantém na forma de festejar o Carnaval? Qual o lugar e o significado da máscara, o símbolo dessa festa guiada pela imaginação e onde, não poucas vezes, os excessos imperam?

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Visita à Exposição sobre a Vida e a Obra de Braamcamp Freire

Os alunos do 9º. 2 exploraram a informação dos cartazes que integram a Exposição, procurando as respostas para as questões colocadas no Guião.
Em resposta à questão 8, destacaram o desempenho de Braamcamp Freire na Câmara Municipal de Lisboa, pelo facto de ser Presidente aquando da implantação da República: 5 de Outubro de 1910, e na Sociedade de Geografia "... porque desenvolveu assim a ciência em Portugal".

sábado, 30 de janeiro de 2010

Dia do Patrono - 1 de Fevereiro

O aniversário de Anselmo Braamcamp Freire, patrono da Escola, é assinalado com a apresentação de uma exposição onde se evidenciam alguns factos e actos públicos mais significativos da vida e da intervenção política desta personalidade ainda pouco conhecida, apesar da sua presença em momentos tão importantes da história recente do nosso país.



quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Maria Luisa Braamcamp Freire




Maria Luísa Cunha Braamcamp Freire, esposa do nosso patrono, foi sócia fundadora e membro da Comissão Administrativa da Cruzada das Mulheres Portuguesas, uma organização feminina criada em 1916, no contexto da 1ª. Guerra Mundial, para apoiar material e moralmente os soldados mobilizados para a frente de batalha.

Braamcamp Freire - Municipalista

A tradição liberal da família Braamcamp foi um traço muito importante na afirmação política do "nosso" patrono.

- Em que contexto podemos integrar o excerto apresentado?

Braamcamp Freire - Historiador

Eminente historiador, Anselmo Braamcamp Freire foi responsável pela publicação de algumas obras notáveis e ocupou cargos de grande responsabilidade no campo cultural.


terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Entrevista a Braamcamp Freire (1ª. parte)

Somos um grupo de alunas* da turma 2 do 9º. Ano da Escola Secundária Braamcamp Freire e estamos em casa do Sr. Braamcamp Freire para lhe fazer uma entrevista.

E - Boa tarde. Estamos aqui para entrevistá-lo porque, como deve saber, o senhor é o patrono da nossa escola e há alunos que gostariam de conhecer mais sobre a sua vida.
B.F.- Boa tarde. Apreciei bastante que me tivessem escolhido para patrono da vossa escola e gostaria imenso de vos ajudar nessa tarefa.

E - Para começar, podia-nos dizer qual a sua data e local de nascimento.
B.F -Nasci a 1 de Fevereiro de 1849, em Lisboa, filho de Manuel Nunes Freire da Rocha, 1º. Barão de Almeirim, e de Luísa Maria Joana Braamcamp, neta do 1º. Barão de Sobral

E - Com apenas 10 anos dá-se um acontecimento trágico para si, qual foi?
B.F -Para minha infelicidade o meu pai faleceu…

E - Pouco depois, a 21 de Março de 1862, dá-se o falecimento de outras pessoas da sua família …
B.F– ... Foram a minha mãe e a minha irmã.

E – O nome Braamcamp não é de origem portuguesa, pois não?
B.F – Não, não é. A minha família é originária da Holanda e veio para cá no reinado de D. José e sempre foi uma família de tradições liberais…

E - Pois é… Ouvimos falar muito do seu avô! Porque é que ele foi tão importante?
B.F - O meu avô, que se chamava Anselmo José Braamcamp De Almeida Castelo Branco, um verdadeiro liberal, ajudou, com a sua fortuna e a sua intervenção ao triunfo da Revolução de 1820, depois exerceu o cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros, em 1822. Mas o meu tio, Anselmo José Braamcamp é que ocupou o cargo político mais importante durante a monarquia liberal: foi Primeiro-ministro, em 1879.

E – Falando agora do seu percurso escolar, em que curso se matriculou?
B.F -No curso de matemática da universidade de Coimbra em 2 de Outubro de 1867.

E – Quando, exactamente, iniciou a sua carreira política?
B.F -Iniciei a minha carreira política ao ser eleito, a 2 de Janeiro de 1887, primeiro presidente da Câmara Municipal de Loures. Foi com certeza por este facto que me escolheram para patrono da vossa escola?

E – É verdade. Quando foi criada, a nossa escola pertencia ao concelho de Loures.
Voltando ao seu percurso político, podemos perceber que teve experiências muito diversas. Por exemplo, em 1908, aconteceu algo de importante para si, o que foi?
B.F -Fui eleito nas listas do partido republicano para a Câmara Municipal de Lisboa, tendo assumido a presidência em Dezembro desse mesmo ano.                                                                  CONTINUA

Entrevista a Braamcamp Freire (2ª. parte)



E - Quando aderiu às ideias republicanas?
B.F - Em Março de 1910.

E - Quando é que a Assembleia Nacional Constituinte e o Senado o elegeram seu presidente?
B.F - Foi em 1911, o meu nome chegou mesmo a ser apontado para candidato à primeira eleição da presidência da República mas não por minha vontade.

E - A política dos governos republicanos nem sempre lhe agradou, não é verdade? Preferiu deixar-se envolver por assuntos mais de ordem cultural, certo? Assim em 1912 aceitou duas nomeações, quais foram?
B.F – Têm algum fundamento as vossas considerações sobre a política dos governos republicanos a que estive ligado. Eram tempos muito atribulados…

E – No final de 1914 volta-se ainda mais para o campo do trabalho científico. O que marcou essa opção?
B.F - Tornei-me sócio efectivo da Academia das Ciências de Lisboa.

E – Mas a política e os políticos não se esqueceram do senhor, pois nesse mesmo ano fizeram-lhe um convite, que recusou, para se candidatar à Presidência da República. De quem partiu esse convite?
B.F - Do meu grande amigo, Manuel de Arriaga.

E – A partir de então passou a dedicar-se a outras coisas que achava mais interessantes…?
B.F – Sim, dediquei-me mais intensamente à actividade científica, e colaborei em diversos jornais e revistas.

E – Lembra-se de alguns títulos desses jornais e revistas…?
B.F --… Diário Ilustrado, Jornal do Comércio, Atlântida, O Tripeiro …

E - De entre os vários livros que publicou, qual foi o que mais se destacou?
B.F --Foi uma obra chamada “Brasões da Sala de Sintra”.

E -A quem foram legados os seus 10 mil livros e quadros de pintores célebres?
B.F -- À cidade de Santarém que inaugurou a em Abril de 1926 uma biblioteca municipal com o meu nome.

E – Entre os vários organismos nacionais e internacionais em que participou, quais os cargos mais relevantes que ocupou?
B.F - O cargo do presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa e da Academia de Ciências.

E – Uma última questão, acha que se justifica a sua escolha para patrono de uma escola secundária?
B.F -Acho que sim, porque sou um exemplo a seguir a nível de vida escolar e profissional.

E – Pensamos que já está tudo e terminamos com um ”muito obrigado” ao Sr. Anselmo Braamcamp Freire por ter respondido às nossas questões!
B.F - Não têm de quê! É sempre um prazer ajudar!

E - Adeus, boa tarde.
B.F -Adeus, e bons estudos!

E assim terminou a nossa entrevista! …

* Equipa de realização: Ana Patrícia, Márcia e Liliana (Fevereiro 2009)